terça-feira, 4 de março de 2014

De Cabinda ao Cunene

 
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O Expresso trazia esta semana um artigo sobre a reivindicação autonómica dos quiocos. Para termos uma ideia do que se trata recordemos o querido Mapa-cor-de-rosa: embora fosse uma ambiciosa carta "costa a costa" que uniria Angola a Moçambique e que incluiria o atual Zimbabwe e o oeste da Zâmbia, não continha nem o nordeste zambiano nem a Lunda angolana. Comparando com o posterior mapa angolano, era demasiado evidente e estranha a falta daquela "torre". Ou talvez não. Portugal estabeleceu uma série de acordos sobre os limites territoriais angolanos na década de oitenta do século dezanove: com a Inglaterra, França, Alemanha e com o belga Leopoldo; tratados que, como se vê na figura, excluíram o reino dos quiocos. Existe pois, base legalista para uma esperançada autonomia. Como o meu pai falava deste povo com entusiasmo, dizia que conhecia o ferro e que era artista, e pelo que aprendi com o Tchiôko em termos de lealdade, fiquei um admirador desta gente
 
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