sábado, 11 de janeiro de 2014

Democracia X Porto

O jogo de amanhã irá marcar o fecho de um ciclo e o início de outro no futebol português? Duas ou três coisas me apetecem dizer sobre o assunto. A primeira é que, qualquer que seja o resultado e a consequência dele em termos de domínio, nunca dissipará o nevoeiro em que o futebol viveu nos últimos vinte anos. Este pensamento claro tranquiliza-me para o jogo: ganhe quem ganhar, perca quem perder, nada muda em relação ao que foi a hegemonia portista. A segunda coisa que me ocorre dizer é  do ponto de vista técnico: as equipas equivalendo-se darão às hipotéticas consequências mais pathos, na ilusão de que houve transparência com a igualdade de armas. Por fim, a maior curiosidade que tenho em relação ao jogo ainda é a arbitragem. Com ela, espero que Portugal entre definitivamente na idade adulta da democracia. É importante que os portistas tenham consciência de que o que está em causa não são os grandes jogos, as grandes vitórias, as magníficas exibições de que foram capazes mas, a viagem do Calheiros, o guarda Abel, a fruta, etc. Sem falsos moralismos, para um FCP grande bastava que a justiça tivesse atuado nos casos mais flagrantes. E não teria custado nada, NADA. Tantos jogadores que levam amarelos e vermelhos. Uma descida aqui e outra ali e lá voltaria o grande Porto às vitórias. Um clube forte também se vê na honra, uma democracia madura, também nas arbitragens.
 
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