segunda-feira, 12 de maio de 2014

Voyeur



Não devo ser o único que faz desenhos para não endoidecer, mas tudo começou por ser uma simples atividade tapa-poros (poro=interstício da vida).  As reuniões ou formações de trabalho, por exemplo, eram perpassadas a pés, bocas e caretas; só mais tarde comecei a desenhar em blocos, não sei precisar quando mas creio que antes do boom dos sketchers. Tenho dezenas de blocos, uns só a caneta (uni-ball, 1,40 € na papelaria da escola), outros temáticos, outros ainda em tons de cinza (conjuntos de canetas Faber-castell), e até tenho desenhos com graxa de sapatos. Os mais comuns, no entanto deverão ser os de café. Curiosamente (ou não: revela uma falha autodidata), não uso muito as aguarelas, técnica modal dos desenhadores urbanos. Recentemente utilizo o Gimp, uma ferramenta pobre para abonecar o desenho e colocar na interneta. É o caso de hoje: o traseiro da Benedita, visto do Casal da Marinha.
 
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