sábado, 31 de maio de 2014

Cidadãos ricos ou um país de bêémes


Relativamente ao chumbo constitucional do "corte de despesas" e o empurrão que isso significa na subida de impostos, não consigo perceber a desilusão de alguns. Portugal não tem uma cultura de impostos, em primeiro lugar devido à  perpétua e suposta pobreza do povo, e em segundo lugar porque isso exigiria um estado - um país -, superiormente organizado. Quando soubemos que Bergman "abandonou a pátria" para fugir aos impostos, achámos o motivo exótico. Portugal, a acontecer-lhe um agravamento tributário começará a escrutinar e a exigir melhor estado (e ao contrário do que pensam muitos, eu julgo que a economia paralela seria mais pressionada). É agora que chegamos ao exotismo da social-democracia? Empurrãozinho daqui e dali vamos percebendo que para sermos ricos bastam-nos boas escolas, hospitais e tribunais e, no fim, uma bicicleta bem boa. 
 
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