Toda a gente, ou quase toda a gente, atribui as culpas do mau momento da equipa do Porto, ao Paulo Fonseca. Esta reação faz parte do "circo", quero eu dizer que é suposto que assim seja; no desporto em geral e no futebol especialmente, vivemos (conscientemente) alheados da realidade. O "jogo", mal ou bem tem essa virtude, transporta-nos para um mundo racionalmente consequente e neste caso o mau futebol de uma equipa tem de ser de quem o concebe, o treinador. Não vou fazer a apologia do Paulo Fonseca, das suas estratégias e táticas. O que eu acho é que, quem comenta, seja ele um comentador profissional ou um simples adepto, deve 'sair' do jogo - como se fizesse um corte epistemológico -, e enquadrasse os Licás e os Herreras no contexto de fim de ciclo da hegemonia do futebol clube do Porto. Claro que chegaríamos às arbitragens. Isso sim, e não era um favor ao Porto mas ao "jogo".
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