sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O Porto e as arbitragens

As arbitragens de há uns anos para cá estão melhores. Pouco, mas estão. Para tanto, contribuíram as denuncias e as provas públicas do «apito dourado». O Benfica nas últimas épocas já não perdeu exclusivamente por culpa das arbitragens. Apesar dessa melhoria no cômputo geral, elas ainda são uma merda. A corrupção dura, género fruta, viagens, maletas, etc., custa-me a acreditar que ainda exista. Então, porque é que o Porto continua a beneficiar da atuação destes juízes? Carreira. A ambição de um árbitro de futebol é singrar, é ter muitas nomeações na primeira liga e alcançar o estatuto de «árbitro internacional». O clube que de certo modo conseguir influenciar essa progressão, ainda que de forma indireta, obtém, com mais ou menos consciência por parte dos árbitros, juros dentro do campo. Capela é um bom exemplo, reorientou rapidamente a sua estratégia de percurso. Outro exemplo, este já velho, é o de Proença (Proença a Velha): independentemente das suas simpatias clubísticas, até da sua consciência, o mais importante é chegar longe. Mas qual é o mecanismo, como é que o Porto consegue? Para não perder muito tempo em explicações lembro só que a «pax» no futebol português é portista, os árbitros não mudam se não sentirem que algo também mudou na «ordem» do mundo. E um sinal claro da democratização do futebol ser-lhes-ia dado se Pinto da Costa perdesse a imunidade.
 
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