domingo, 5 de maio de 2013

Les uns et les autres

Os exames nacionais são um instrumento importantíssimo para avaliar o país educativo e para reorientar políticas na área da educação. Mais, são um direito de qualquer estudante porque servem, supostamente, para distinguir os melhores.  Ora, o que está a acontecer no 4º ano, não é bem o caso, desde logo pelo clima intimidatório; pelo ambiente excessivamente severo as crianças de 9 anos parecem que vão para um açougue. O empenho posto nos exames pelo atual governo tem mais a ver com a seletividade do que propriamente com a elevação da qualidade do ensino. Aí é que reside a grande diferença. Como nestas idades os alunos não estão em pé de igualdade porque as variáveis de contexto ainda são demasiado fortes (a escolaridade dos pais, por exemplo), o tamanho da turma, etc., esta ênfase nas regras de aplicação serve para criar a ilusão de uma «igualdade de oportunidades».  É fácil perceber quem são os alunos que se sentirão mais amedrontados. E se este governo continuar em funções por mais tempo, muito cedo aparecerão as escolas para uns e para outros: o liceu e as técnicas. Uma sociedade perfeita.
 
***