A "caridade" é uma bóia para quem se está a afogar, uma bomba de ventilam para o asmático, ... , em nenhuma destas situações limite não ocorre a ninguém não ajudar, não se trata pois de uma questão de passividade perante a injustiça ou uma cobardia para mudar o mundo. Mas também é verdade que, num mundo mais igual, numa sociedade mais justa, o estado é mais interventivo (e melhor gerido), resolvendo o problema da pobreza generalizada, coisa de que a direita esquiva-se como diabo da cruz. A direita, refugia-se na "caridade" que, para além de ser "a solução final eficaz", decorre daquela coisa, profunda e velha como o cristianismo: a compaixão; um sentimentozinho que afaga a nossa vida improvisada perante a possibilidade do infortúnio.
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