domingo, 25 de novembro de 2012

Fazer géneros


Há alguns anos li um artigo educativo americano sobre o segregacionismo masculino. Como vivemos  numa época em que a mulher é ainda a principal vítima da sociedade, hoje mesmo celebra-se o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, o fenómeno tratado na revista, tem sido olvidado no quadro da intolerância sobre géneros. É verdade que em relação à mulher a violência é dura pois assenta em preconceitos religiosos, sexuais e culturais muito mais antigos. Mas a meu ver, eu que não sou sociólogo nem especialista, a questão é mais que "sexista" e mais complexa do que a "libertação" da mulher. A sociedade exige, faz pressão, cria expetativas de diferentes formas ao homem e à mulher. E, não fosse o caso de eu confirmar pela minha experiência, o que a revista  relatava, e de me parecer um tema atual do que se passa hoje na escola portuguesa, e o assunto ia para o fundo da memória. Tudo se resume a uma pequena pergunta: o que a escola espera dos rapazes? a resposta é ainda mais sucinta: que estejam em coma! Está tudo dito. 

***