sábado, 27 de outubro de 2012

Rocinante


 W polo
 
"A name, to his thinking, lofty, sonorous, and significant of his condition as a hack before he became what he now was, the first and foremost of all the hacks in the world"
 
Por vezes penso que sou uma «ideia»: um habitante de um sem-país ou de um país abstrato. Chamemos-lhe «Portugal» para ter um nome. Portugal entre aspas. Este país ideal é então, aquilo que se ouve amiúde: o Portugal concreto sem a atual elite; mas somado a outro arroubamento de espírito que eu por vezes tenho: o Portugal concreto sem o atual povo. Esta interseção «cheia», entre dois conjuntos vazios, faz de mim um «português», uma «ideia».

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O simpático tracinho de união foi ao ar, não há cheque, não há dentista. A taxa de implementação nacional foi no ano anterior à volta dos 56% e no concelho de Alcobaça 78%. As escolas colaboravam. As escolas são cada vez mais para memorizar a tabuada. Sobredentes, com ou sem tracinho: há alunos que fazem três refeições por dia na escola, como não se troca a tabuada por nada que cheire a «eduquês» ou a socialismo, o kit para a escovagem dos dentes deve estar também em risco.
 
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