quinta-feira, 29 de março de 2012

1984

Em Londres passei por vários episódios picarescos relacionados com mortos e com os familiares dos respetivos Extintíssimos. Os meus europeus mais chegados sempre foram os que se mexeram pouco, velhos, crianças, doentes... e os ingleses mortos do cemitério maioritáriamente católico. Sintonias unionistas ou federativas à parte, na preparação final dos cadáveres, quando os vestiamos, por exemplo, os membros ficavam de tal maneira rijos que muitas vezes partiam-se os braços e as pernas para caberem dentro da urna. O Gibsy, qual caçador ansioso, mandava sair os entes queridos, fechava a porta e era o primeiro torno a dar cabo dos corpos tetanizados.

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