quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Do caderno sujo


Teoria das cordas, gordura para sapatos e verniz sobre papel

Perguntaram-me, agriões porquê! ...Porque vêm da merda, dos esgotos, a quem chamam ribeiras de céu aberto. «Fresquinhos, não os lave demasiado, freguesa, que lhes tira o ferro». Muitas vezes penso na sopa, não propriamente na sopa de agrião mas no caldo que somos e das implicações que isso acarreta. Por exemplo, a beleza como o polo oposto a esta argamassa impura ou mesmo como um seu produto refinado não é de todo aceitável. Nem como tentativa de fuga. Nem como contraste. Nem como miasma. Ou a beleza é um conceito espúrio ou é isto, uma realidade maculada.
  
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