sábado, 14 de junho de 2014

...e os «treinos»



Sem os tradicionais albatrozes mas com adro prá rabia

A presidente da associação de professores de matemática, Lurdes  Figueiral, resumiu bem o que se passou com a prova de matemática do 4º e do 6º ano. Para quem não sabe, o cálculo é  aquilo que as calculadoras, de telemóvel ou computador, executam rapidamente e sem stress. Mas não é só a performance exigida, a própria ideia subjacente de matemática é um erro humano. Aliás, por detrás desta redutora "aritmética" está toda a nossa governação. Há com certeza consequências na cabeça do futuro "homem novo", mas o que ainda não se disse foi que o dia-a-dia das escolas está completamente adulterado em função dos exames e das alterações curriculares. Há disciplinas nobres e disciplinas «práticas»; acabados os exames ninguém controla os alunos; os pais, receosos da retenção, não  autorizam as saídas no âmbito do desporto escolar; acertar um calendário de encontros é cada vez mais difícil no 3º período; há colegas que entranharam esta educação tão "exigente" que repetem fichas e fichas do mesmo. Mal sabem eles que o próprio treino «atlético», nestas idades, há muito que é à base da diversidade de jogos ao gosto e capacidades dos alunos, e que os resultados melhoraram desde que se abandonou a exclusividade da repetição.
 
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