segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Relógios

Se não houvesse o rompimento das chapas da cobertura do estádio da luz, nunca  saberíamos da excelente capacidade dos portugueses em se organizarem nos momentos críticos. Vários aspetos me surpreenderam pela positiva, desde a decisão, sem delongas, até à saída ordeira, passando pela preocupação de evitar o pânico. Conseguimos. Parecíamos relógios, e dos bons. Já a Suíça revelou-se um mecanismo inseguro; o referendo, sendo uma mistura de medos xenófobos com nacionalismos bacocos, provou que a prosperidade nem sempre está associada à clarividência. No caso, até diria que muitos fatores do desenvolvimento suíço não são motivo de orgulho, como por exemplo, ser o depositário mundial das fortunas sujas.
 
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