terça-feira, 26 de novembro de 2013

VLer

 
Acredito que a excessiva tendência para explicar através de desenhos alguns gestos técnicos desportivos e o prazer que retiro em rabiscar, são sequelas de uma qualquer origem traumática, física ou psicológica, pois tenho enormes dificuldades em discursar de improviso. Um dia, com mais vagar exploro esse caminho. No domingo andava a rondar uma Bertrand e, entro não entro, acabei por passar a porta. Logo junto à caixa, um Corto Maltese com película de celofane brilhante. O mesmo brilho que tinham as capas dos fanzines de banda desenhada no meu tempo de criança. «Não embrulhe, é para um miúdo de oito anos ansioso de ver».
 
***