quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O ideólogo

Crato mexe nos currículos académicos consciente da força catequista da escola. À pala da crise financeira reduziu as disciplinas de cariz prático e flexível e reforçou a matemática e o português. Agora foi o inglês do primeiro ciclo que foi ao ar. Não me canso de dizer que Crato é o ministro ideólogo deste governo ultraliberal. Se fosse só uma questão de cortes na despesa, como são o aumento do número de alunos por turma ou as associações de agrupamentos de escola, ainda poderíamos pensar que Crato obedecia a motivos orçamentais, mas há claramente um «novo homem» em perspetiva. Podemos sintetizar a sua política da seguinte forma: naipe disciplinar curto e inflexível, e exames para selecionar. Um ideal de sociedade que, sem adjetivos para o qualificar, direi apenas que me recorda o país do tempo de Salazar.
 
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