segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Xeque ao ensino (II)

Sempre houve rivalidade e complemento entre o ensino público e privado. Sempre. Eu recordo-me que certos colégios, como o dos «Irmãos Maristas», competiam em qualidade com as escolas públicas. Não me refiro a resultados de alunos, mas ao conhecimento processual do que deve ser uma escola. A opção entre um ensino e outro, antes deste neoliberalismo selvagem, tinha outros critérios, «confissão», «republicanismo», «internato versus externato», «valorização da "disciplina" versus valorização da "liberdade"», etc. Da rivalidade latente passamos à guerra aberta, agora disputa-se peão a peão. É o mercado escolar, o mercado de alunos, o da carne. E não vale a pena chorar os mortos, tudo está a montante, na ideologia que nos rege. A escolha entre uma escola do estado e uma privada não reside agora na vocação, nem nos ideais de cidadania, mas numa estratégia imediata, de carreira (!). Como funcionais e  imediatos são os exames. Tenho saudades das  escolas privadas como alternativa.
 
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