quarta-feira, 17 de julho de 2013

Serviço Nacional de Saúde

 
Afiei muito bem a faca e com os devidos cuidados, movimentos centrífugos para o coração e demais órgãos ficarem ao resguardo, cortei o polegar esquerdo. Foi até ao osso. No hospital, no meu querido hospital de Alcobaça, as pessoas do costume: gente de olhos semicerrados, calada e gemendo, não sei bem se das dores físicas se da vida. Já fiz dezenas de vezes o caminho para aquelas urgências, mas ainda hoje não sei se a impressão agradável que tenho do hospital se deve à competência do atendimento ou aos utentes, gente que nos olha como comuns mortais.

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