segunda-feira, 17 de junho de 2013

...que não deixa de ser ousado

 
Viu-se um ministro da educação nitidamente frustrado. Uma greve qualquer um tem, um quisto, um calo, furúnculos, mas por um bambúrrio de sorte esta greve acertou em cheio no seu ideário educativo. Os números da mobilidade e do desemprego da classe dos professores seriam sempre, para o ministro, quantidades indexadas à crise financeira, à natalidade, ou, quando muito, a erros gerais do governo ou do ministério das finanças. Nunca poderiam ser assacados à sua política de «rigor» e de «exigência». É que, conquistado o poder do Estado, não basta reduzi-lo, é necessário dotá-lo da capacidade para impor à sociedade uma ordem baseada em barreiras, os exames do ministro ideólogo. Alheios a isto tudo, claro, os sindicatos e a austeridade.
 
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