Boa noite

"A Coreia"

 

Eu sou dos que concordo com a ideia da impossibilidade da literatura. Também, como incapaz em si mesma de chegar a algum lado, mas sobretudo como objeto impossível de se definir. Aceitando estas limitações ficamos livres que nem passarinhos para escrever. Há literaturas. Eu não quero ir-me deitar sem evocar histórias deliciosamente mal contadas como a que acabei de ler, ou como a velha "canção  de Rolando" ou como "a retirada dos dez mil". Ou como o diário de Silva Porto, o sertanejo. A sedução do voo passará, afinal, mais pelo pássaro, pela experiência de vida do escritor do que por outra coisa qualquer indefinida.

 

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