segunda-feira, 8 de abril de 2013

Partidas

Margaret Thatcher, vocês sabem, foi uma política muito hábil: as Malvinas, a Guerra Fria, a Europa,  a Irlanda, a própria América de certa forma, serviram-lhe de manobras de diversão para políticas internas duras, como as privatizações e os despedimentos. Não fossem aqueles espantalhos externos e a «dama de ferro» não passaria do primeiro mandato (1983). Eu vi, com estes olhos que a terra comerá, gente a morrer devido às suas intransigentes ideias conservadoras. Um dia, o meu amigo irlandês - coveiro como eu em Santa Maria, cemitério católico do noroeste de Londres -, contou-me que planeavam matar a primeira-ministra britânica. A princípio não dei importância, vontade de comer políticos não é assim tão raro, mas passados dias soube, com surpresa, do atentado do IRA. A partir daí comecei a admirar o Gipsy e a olhar mais seriamente para as lutas sociais. Estive em Londres em Agosto de 2012 mas o irlandês partira definitivamente para Limerick. Antes para Limerick que para o inferno, amigo.
 
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