sábado, 3 de novembro de 2012

Como os editoriais do Expresso e o Borda d'Água não se expressam


Também desenho para tocar, é uma forma de apertar a mão às coisas, às vezes ao céu.
 
São raras as pessoas que defendem o estado social com plena consciência. A direita reclama a consciência financeira, o que, sendo necessária, não é contudo a verdade plena da organização social; a direita aliás, pouco ou nada pode reivindicar de conquistas sociais alargadas; terá outras "qualidades" para a história, mas não se lhe reconhece a capacidade de "democratizar" ou de "socializar". Já a esquerda, apesar de o estado social ser concetualmente seu, também não pode ser demasiado irresponsável na sua sustentação, sobretudo quando patrocina corporações ou uma classe média pretensamente salvífica como sendo a "classe de todos". Não, não é, o estado social não tem "interesses", é tanto ao lado das prebendas como antecede a consciência financeira. Concebe-se e pratica-se como um todo, nem para pobres é. O estado social só é complexo.
 
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