segunda-feira, 5 de novembro de 2012

No chão, traçado a pau


Da internet retirei vários mapas, sobretudo de Angola e sobretudo do século dezanove, o século angolano: veem-se neles as irresolutas fronteiras da África Ocidental Portuguesa; foi um processo que requereu explorações geográficas, campanhas militares, investigação cientifica e coragem. No entanto, poucos portugueses conhecem esta epopeia heróica. O mapa lindíssimo que apresento é de um aviador, do Dr. Matos Coelho, meu professor de Matemática no liceu. Não cheguei a tirar o brevet, fiz dezoito anos em Junho de 75 e em Agosto "desapareci do mapa", mas ficou-me a paixão por azimutes e rumos e, hoje, apesar de não me recordar dos pormenores como se calculam, olho, os traçados à mão (linhas azuis), e imagino-me numa avioneta a segui-los à bússola: 307º (quadrante WN), aí vou eu Umpulo, Cambândua e, com um pouco de sorte, ainda aceno ao Casal da Serra, à direita, assinalado a amarelo, a chitaca da minha infância.
 
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