A especialização precoce é arriscada em qualquer domínio. No desporto, o auge atlético é tão mais alto quanto maior for o reportório motor de base, e as experiências desportivas vividas na infância e na adolescência forem alargadas. No caso do ensino técnico precoce, a prevaricação deste princípio pedagógico tem, naturalmente, consequências mais desatrosas. Mas, à parte as limitações no desenvolvimento pessoal, a introdução de cursos técnicos no sétimo ano promove também a desigualdade social (os repetentes são, na esmagadora maioria, das classes mais baixas). E revela, definitivamente, a visão que este governo tem do Homem.
