sexta-feira, 27 de julho de 2012

A maior festa do homem

É hábito confundirmos «o espírito» dos jogos da antiguidade com «o espírito» dos jogos modernos. Em certos aspetos formais, como a suspensão dos conflitos, ou apesar dos conflitos, existem algumas semelhanças, mas na verdade, o homem moderno corre, salta, lança, joga porque é um corpo, uma máquina balística, um sistema hidráulico bombeado pelo coração. A nós interessa-nos a marca, a performance. Na Grécia antiga, os jogos, como em tudo na sua vida diária, eram uma oportunidade para os atletas se sentirem em comunhão com o deuses. Por exemplo, lançavam o dardo para atingir o Monte Olimpo, morada de alguns, incluindo Zeus. Nada mais errado, portanto, do que pensarmos que nos encontramos na XXX para suar o espírito.

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