O Canário, de lebre, a servir o Leitão: partir tudo e todos para ficar sem companhia no final.
Morreu um super-homem. Na altura dizia-se que era o melhor coração: 36 ppm, tão raro que superava o do Mamede e muito mais ainda o do Lopes, igual só o do Eddy Merckx. Um coração com estes batimentos em repouso, na prática o que quer dizer? quer dizer que, como parte com pulsações muito baixas, para chegar aos batimentos cardíacos do esforço máximo, o coração tem muita «margem de progressão». Básicamente podemos dizer que do ponto de vista da bomba estava tudo bem. Quando há poucos anos soube que António Leitão lutava com uma doença - na altura li tratar-se de um problema grave de diabetes -, ainda pensei que fossem as consequências do «alto rendimento». Mas para morrer tão novo, a tal hemocromatose só podia ser genética. Deuses humanos.
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