quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Abrir o saco dos ventos


Ontem levei as minhas famosas sapatilhas de bicos à concentração de atletismo. Tenho muita estima por elas porque nos meus vintes passeei-as encavalitadas aos ombros. Ganhei-lhes amor assim, mexendo-lhes, pesando-as, dobrando-as, acarinhando-as. Numa profunda identificação intelectual e afetiva, dirão vocês. Mas não, era mais comunhão mística. Levei-as para as mostrar, para falarmos delas, mexer. E assim foi, ninguém se atreveu a mais do que isso, calça-las seria pior que abrir o saco dos ventos.

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