domingo, 4 de dezembro de 2011

O mundo em stacatto


Os portugueses são berberes e há DNA deles no setentrião
Erguem-se impérios, rodam impérios
Giram estrelas, fogem sóis
Índios, outrora donos de terras, refugiam-se em ilhas de álcool
(Há índios na Rússia e até na Escandinávia)
O forte torna-se fraco e o fraco, forte
Há uma mundialidade para quem os ingleses são escravos
Há vida no fundo do mar em condições que se julgavam impossíveis para o amor
Há plantas com estratégias de caça
Existem estéticas ocultas mais belas que as visíveis
E um braço do teu deus, ó homem, tem tanta força! e no entanto é feito de ar
Uma hierarquia de pino é tão eficaz como a de queixo e nariz para cima
A união tem a eficácia de uma manada de zebras
No alto da cadeia alimentar estão os mais precários de todos
Numa orquestra nada funciona se um desafinar, caso contrário não seria orquestra
Por cada poeta: um Evaristo Carriego

Em conclusão:
Há uma desordem e ela talvez confunda os nossos braços de carne
E esse é talvez o único, o único argumento que os faça mexer.

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