Pelo que sabemos - pelo que vimos e lemos na internet - Christopher Hitchens foi um homem íntegro, e a sua integridade, aos nossos olhos ateístas, não se baseou tanto na defesa do homem contra a sua criação (Deus) que, já por si é admirável - com argumentos que orgulhariam a «maioridade» de Kant -, mas pelo distanciamento em relação à solidariedade gauche ao médio oriente. Não estando com a região - sintonizada por toda a esquerda como vítima particular do imperialismo -, foi considerado de conservador, neo-liberal, etc., como se, sendo de esquerda, fosse inevitável engolir o obscurantismo do islão, a escravidão da mulher, e outros arcaísmos ditos culturais. Não é, ou não foi, com ele.
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