Ontem, no "prós e contras" a "revolução" neo-liberal confessou-se com todo o esplendor ideológico. Não há melhor substrato de ideias para definir os princípios filosóficos, sociais e políticos de um governo do que aquele que é aplicado à educação. Nem as financeiras, porque a encoberto da conjuntura de crise as medidas neo-liberais de desigualdade passam por inevitáveis. O tema era o ensino superior, a torre de marfim, o posto de observação privilegiado para ver os ciclos mais baixos, as empresas, o país e o mundo. E o que eles viram. Até ao momento em que os deixámos de ver nenhum disse, ou perguntou, o que deveria ser dito ou perguntado sobre o ensino superior. Talvez "a única", a mais importante de todas as questões sobre o tema: porque razão tão poucos portugueses frequentam o ensino superior, porque somos metade da média europeia?
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